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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O Fim da Era do Petróleo está próximo?

Janeiro de 2016 começa com uma notícia: "EUA voltam a exportar petróleo depois de 40 anos". Depois de atingir auto-suficiência os EUA começam a exportar o produto cujo preço tem movimentado todo o mercado.
O mundo está com uma grande oferta de óleo e isto faz o seu preço cair. Com a entrada do Irã no mercado, depois do fim do embargo econômico, a tendência é que o preço caia mais ainda. Não há como o preço voltar a subir a curto prazo.
A política Americana é ter independência energética. Os EUA tornaram-se auto-suficientes por causa do óleo de xisto (xale), obtido através da tecnologia de Fracking. Ou seja, sua origem não é o petróleo, embora possa ser chamado de petróleo pois é um óleo fóssil.
Com a baixa do preço internacional do barril de petróleo, seria natural que os EUA preferissem comprar o óleo barato e guardar seus estoques, mas sua política atual não é essa. Eles estão mais preocupados com os empregos internos que podem ser gerados através de sua produção própria. É uma mudança radical em sua Geopolítica, pois junto com os empregos internos e o aquecimento da economia interna, também, evita o fortalecimento de nações que financiam o fundamentalismo e o terrorismo.
O óleo de xisto não irá durar para sempre e ainda está provocando desastres ambientais. Mas o que podemos notar é um grande incentivo as energias renováveis, em todos os ramos, como os Biocombustíveis, a Energia Solar, a Energia Eólica, a Energia Geotérmica e outras. O etanol nos EUA já é adicionado em pequenas proporções na gasolina, como é feito no Brasil há algum tempo.
Neste cenário podemos ver uma Europa investindo fortemente em Energia Solar na Espanha e no Norte da África, assim como em Energia Eólica e em carros elétricos e híbridos. O mesmo está acontecendo com o Japão.
Os automóveis elétricos, também estão crescendo nos EUA, onde a eletricidade é predominantemente obtida por cavão e não por petróleo (diesel).
Com todo este cenário se formando no Mundo, o Brasil precisa tomar medidas rápidas. Incentivar o biodiesel e o etanol para diminuir as importações de diesel e gasolina. Aumentar a participação da Energia Solar e da Eólica na matriz energética. Estimular o uso de painéis solares residenciais. E fazer uma política nacional para os carros elétricos e híbridos.
Todo este contexto mundial está endossado pela ideia da redução de emissões de carbono. E com ele podemos ter uma ideia de como estará o mercado mundial de energia nos próximos 10 ou 15 anos: Com bem menos petróleo e mais energias renováveis. 

E para o Brasil ficam as perguntas:

O mercado internacional de energia estará favorável aos custos do pré-sal?

Vale a pena continuar investindo no pré-sal?

E a Petrobrás?

Alguém está pensando em Geopolítica de Energia no Brasil?