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Mostrando postagens com marcador Energia Solar. Mostrar todas as postagens
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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Campanha Energia para a Vida




segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Projeto de Irrigação com Energia Solar do Instituto Federal

Estive na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia aqui em Brasília. Uma feira de ciências que aconteceu em todos os estados e Distrito Federal. 
Um dos projetos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia usa a Energia Solar Fotovoltaica.



O Projeto é simples. Compõe-se de um motor compressor, um tanque, mangueiras e um ou mais aspersores, além de duas placas fotovoltaicas.

A ideia é irrigar uma horta de 100 metros quadrados usando a energia do sol. O projeto não necessita de baterias para armazenamento, pois quando não estiver fazendo sol, estará chovendo. As hortaliças precisam de grande quantidade de água, e o sistema é barato e ideal para elas.




Uma excelente iniciativa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Resumo das Atividades da Século 21 no Fórum Social Temático - Energia




Apresentação da Associação Século 21 no Fórum Social Temático – Energia


ENERGIA PARA A VIDA

O Fórum Social Temático – Energia, evento que se realizou entre os dias 07 e 10 de agosto de 2014, na Universidade de Brasília, em Brasília – DF, foi uma experiência fantástica.

Nossa participação foi uma palestra, painel e discussão sobre temas ligados ao uso da Energia Solar, que aconteceu no dia 09 de agosto de 2014 a partir das 1h30 da tarde.

Primeiramente, apresentamos a história da Energia Solar, desde a Grécia antiga, até meados da década de 70 do século XX, onde em 1973 tivemos o primeiro choque do petróleo.

Logo após o histórico apresentamos tecnologias novas que estão sendo desenvolvidas e algumas já em uso pelo mundo. Focamos nas tecnologias de armazenagem, que associadas a Energia Solar, podem fazer com que uma usina Solar continue a funcionar à noite.

Pelas perguntas e anotações dos participantes concluímos que algumas tecnologias são pouco conhecidas do público, principalmente, as tecnologias CSP, ou seja, tecnologias térmicas de concentração solar.

No final da palestra, mostramos nossas experiências com fornos solares e desidratadores solares, que usamos para processar alimentos como frutas desidratadas e temperos. Mostramos como pode ser importante conhecer estas tecnologias e como a agricultura familiar pode agregar valor aos seus produtos, gerando novos produtos e aumentando a renda das famílias de agricultores. A mesma tecnologia pode agregar valor a produção de comunidades como agrovilas, cooperativas, assentamentos de sem terras, comunidades indígenas e quilombolas.

Mostramos, também, através de slides, como construir esses equipamentos com material reciclado.

Trouxemos, também, fornos e desidratadores solares para a manipulação dos participantes. Pudemos notar como os participantes ficaram impressionados com a simplicidade do material e da construção pela quantidade de fotos que tiraram dos aparelhos.

No final de nossa exposição fizemos a degustação de banana passa feita pelos nossos desidratadores. Também fizemos um sorteio de pimenta calabresa feita pelo método de desidratação solar.

Começamos, então, a discussão sobre essas tecnologias e o seu emprego para melhorar as condições de vida de comunidades carentes, ou muito afastadas dos grandes centros, além do uso de todas essas tecnologias para mudar a matriz energética do país, ou seja, torná-la mais limpa e sustentável.

Cabe ressaltar, aqui, a grande contribuição dos participantes como o Padre Zezinho, da Pastoral da Terra de Rondônia, que instala placas fotovoltaicas e baterias nas comunidades ribeirinhas do rio madeira para que elas tenham luz elétrica à noite. Ele faz todo o trabalho indo de comunidade à comunidade viajando em um pequeno barco.

Também, muito importante a participação de Cauê da USP, que trabalha com comunidades indígenas no Rio Negro, e nosso amigo Antonio da Pastoral da Terra da Paraíba.

Uma das conclusões do nosso trabalho foi a necessidade do uso da Energia Solar no Nordeste, principalmente, para a dessalinização da água de algumas regiões.

A riqueza desse encontro foi muito grande para nós, tanto em termos de aprendizado, de compartilhamento de experiências, como de contatos. Esperamos que nossa contribuição enriqueça e aumente a influência e a divulgação do próprio Fórum Social Temático – Energia. Apoiamos a campanha Energia para a Vida.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Nossa Participação no Fórum Social Temático - Energia

Nossa palestra sobre Energia Solar no Fórum Social Temático - Energia 09/08/2014 - UnB BSA Sul:
Mais fotos no Facebook
Um mundo com uma Matriz Energética Limpa, sem Impactos Climáticos, Ambientais e Sociais. Nós podemos construí-lo!

Forno Solar de Odeillo (desde anos 60) nos Pirineus Franceses

Fusão Nuclear

Hidrato de Metano

Coletores Parabólicos (tecnologia CSP)

Torre de Convecção

Tecnologias de Armazenagem de Energia

Fornos Solares e Desidratadores para Processamento de Alimentos

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Pimenta Calabresa com Energia Solar

Pimenta Calabresa com Energia Solar
Estou fazendo experimentos e publicando aqui para dar idéias tanto a pequenos produtores rurais, como associações e cooperativas, de como usar a Energia Solar para agregar valor a seus produtos. 
A Energia Solar pode ser usada para secagem de grãos, desidratação de alimentos, e também para cozinhar proporcionando grande economia de energia.
Fornos solares e desidratadores são essencialmente parecidos. O desidratador precisa de uma saída, ou respiradouro para a umidade.
Nesta sequência de fotos você poderá ver como a pimenta calabresa é produzida:

Pimenta no Forno Solar da Pleno Sol
    
Primeiro a pimenta é lavada e depois moída. Coloca-se em uma tela dentro de um desidratador ou forno solar.
Um ou dois dias no Sol são suficientes para secagem. No sol do cerrado apenas um dia ou meio dia e já está pronto.
Pimenta Calabresa
Pode-se pilar ou moer a pimenta depois de seca, dependendo do tipo que se quer: Pó ou pequenos pedaços.
Desidratador Misto da Pleno Sol
O desidratador misto da Pleno Sol funciona com o sol ou com eletricidade. Se for preciso uma secagem mais rápida ou que não possa ser interrompida como no caso de cogumelos, usa-se a eletricidade para terminar o serviço à noite.
Este desidratador possui várias bandejas, o que nos dá um ganho de escala na produção.
O fato de usar o sol para a secagem garante uma economia de energia que pode fazer o produto ficar mais barato para o consumidor. Acrescenta uma vantagem de preço no produto e o produtor ainda pode fazer propaganda de que não está emitindo gases de efeito estufa, ou seja, possui um produto cuja elaboração é sustentável.
O investimento em um forno ou desidratador é interessante pois eles são fortes e podem durar muitos anos.

Link da Pleno Sol Clique aqui.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Fazendo Banana Chips com Energia Solar

Banana Chips
com o meu Forno Solar da Pleno Sol



Receita:

Corte em fatias bem finas e adicione sal e algumas gotas de limão para não escurecer a banana.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Viva a Amazônia Amarela!

Viva a Amazônia Amarela!
Por Walder Antonio Teixeira



Porquê a Amazônia Azul e não Amazônia Amarela?
Estamos vivendo uma época de mudança de paradigmas em vários sentidos, mas uma mudança é crucial: A mudança do modelo econômico baseado no consumo de energias fósseis. A questão energética, ou do modelo energético, é crucial neste momento, não só por causa das alterações climáticas e do aquecimento global, mas também, no estilo de vida, na forma de nos relacionarmos com o consumo, e principalmente, de nos basearmos em recursos finitos, ou seja, não renováveis.
A idéia da “Amazônia Azul” não é nova. Já se ouvia falar dela desde a década de 70. O Atlântico Sul, principalmente na região da costa brasileira dentro do limite das 200 milhas sempre foi rico. Rico em pescado, em algas, em biodiversidade, etc. Mas essa idéia só começa a aparecer na mídia com o advento do pré-sal. Isto prova que tanto para a mídia, como para o governo, o interesse em uma idéia, qualquer que seja ela, está atrelado ao lucro de determinados grupos econômicos.
Investir centenas de bilhões em um combustível que jorrará mais caro do que o normal, que não é renovável, cuja produção oferece riscos ao meio ambiente, e que só atingirá o consumidor daqui a cinco anos, é no mínimo estar seguro do retorno do investimento, ou da permanência das variáveis econômicas, e até mesmo das variáveis tecnológicas. A alternativa é muito pior: Se não estiver seguro do retorno, então é porque está seguro de que poderá usar o poder político para manipular as variáveis, sejam as variáveis econômicas de produção e consumo, sejam as variáveis tecnológicas. Exemplo: Para continuar a vender gasolina o governo pode proibir o uso ou a importação de automóveis híbridos ou elétricos. Independente de o Governo estar certo ou errado, independente de estarmos em outro patamar tecnológico daqui a cinco anos ou não, independente do pré-sal dar lucro ou não, eu quero levar a discussão para outro lado, para o rumo dos recursos renováveis.
Assim como existe uma Amazônia Verde com riquezas como biodiversidade, recursos minerais, recursos hídricos, etc., assim como existe uma Amazônia Azul, também com riquezas como biodiversidade, também com recursos minerais e energéticos, existe também a Amazônia Amarela, o Sertão Nordestino, também conhecido como “semi-árido”. Qual seria a riqueza da região do semi-árido Nordestino?
Esta região, o Sertão Nordestino, possui, além da biodiversidade da caatinga, uma imensa reserva energética: O Sol. Se uma pequena porcentagem do semi-árido fosse totalmente ocupada com painéis solares (tecnologia PV), ou com torres de espelhos, ou com refletores semiparabólicos (tecnologias CSP), teríamos tanta energia que poderíamos cancelar a construção de usinas nucleares, desligar todas as usinas térmicas, produzir hidrogênio para gerar mais energia à noite quando não há sol, e ainda sobraria hidrogênio e energia elétrica para fornecer a automóveis híbridos, elétricos e a hidrogênio.
Se o Governo investe centenas de bilhões em um recurso não renovável, porque nem um único bilhãozinho para a Amazônia Amarela? O semi-árido sempre foi esquecido, sempre foi visto como um problema, mas agora com a crise da energia e com a crise climática, ele pode tornar-se uma solução. Mas, não é uma solução qualquer, pois o nosso Sol continuará a brilhar, pelo menos nos próximos quatro bilhões de anos, enquanto o petróleo do pré-sal terá acabado em apenas 20 anos de exploração. Mas investir na Amazônia Amarela não é só para ter uma fonte energética renovável e segura, é desenvolver economicamente uma região muito pobre, é levar empregos para o Sertão, é tornar todas esta região uma produtora e exportadora de energia. Com isto não faltarão recursos, idéias e tecnologias para levar água ao Sertão, seja através da transposição do Rio São Francisco ou não.
Viva a Amazônia Amarela! O Sol é nosso!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Eólicas e Solar avançam

Leilão de novembro:
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, no leilão de energia previsto para 18 de novembro, do total de 784 projetos, há 629 parques eólicos e 109 do tipo fotovoltaico. Além de PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) e usinas térmicas usando biomassa.





São as renováveis começando a ganhar escala. As empresas que optarem por renováveis precisam saber que serão mais bem vistas aos olhos do público, pois estarão contribuindo para uma menor emissão de gases de efeito estufa, e minimizando os efeitos das mudanças climáticas.

domingo, 28 de julho de 2013

O FORNO SOLAR DE ODEILLO

O FORNO SOLAR DE ODEILLO

(Walder Antonio Teixeira)


Esta imagem impressionou-me muito. Na década de 70 quando a vi pela primeira vez, em uma revista de ciência, eu ainda era moleque. Nunca me esqueci desse forno solar. Desde essa época fiquei apaixonado pela energia solar. 
Construído em 1969 para fins de pesquisa científica o forno solar localiza-se na cidade de Odeillo, nos Pirineus, na França. Ele pode atingir até 3.800 graus centígrados, e é usado até hoje para fins metalúrgicos na produção de ligas de altas temperaturas e aço.
Por que a idéia de um forno solar é tão interessante?
Porque qualquer pessoa pode, com um grupo de espelhos, fazer uma mini metalúrgica, derreter metais como latas de alumínio, secar ou cozinhar alimentos, ou até montar um pequeno laboratório de física. Tudo isto sem gasto de energia, sem maçaricos, e sem depender de tecnologia de terceiros: São somente espelhos, nada mais. Para um cientista de fundo de quintal, como eu fui dos 10 aos 15 anos, era algo fantástico.
Hoje com a revolução das energias renováveis, necessárias não somente por causa das mudanças climáticas e do aquecimento global, mas também devido a crise do fim do petróleo que estamos vivendo e continuaremos vivendo por algumas décadas, a tecnologia do forno solar renasce sob o nome de CSP (Concentrate Solar Power), ou Energia de Concentração Solar Térmica, para produção de eletricidade.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Novidades na Energia Solar

O Brasil parece que vai ficar atrás nessa corrida também!
O PDE 2021 - Plano Decenal de Energia 2021 além de ignorar a energia solar prevê expansão das termoelétricas.

Essa torre solar gera eletricidade de dia e de noite. O sal derretido permanece quente em um reservatório onde passa uma serpentina de água que vira vapor e move uma turbina. Esta planta solar permanece gerando eletricidade por mais quinze horas mesmo sem o sol. 

Os refletores parabólicos podem ser feitos com uma película plástica aluminizada, o que diminui o custo.

EUA, Alemanha, Espanha saíram na frente. Atrás vem China e Índia com grandes investimentos em energia solar.  


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Forno Solar para Derretimento de Alumínio

Forno Solar para Derretimento de Alumínio no Uzbequistão

Vejam no site da Ecotecnologia
Link: Clique Aqui 

 Idéias para um mundo mais sustentável. A energia solar também pode entrar na área de metalugia. E esta não é uma idéia nova: Um padre português, cujo apelido era Himalaya por causa de sua altura, já possuia esse projeto desde o final do século XIX.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Boa Notícia para a Energia Solar Brasileira

A ANEEL está estudando como será a regulamentação para empresas e casas produzirem e venderem energia solar para a rede elétrica nacional. Vejam o link do Jornal do Brasil - Clique aqui.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Em defesa da Energia Solar




Costumo acompanhar sempre reportagens e debates na televisão ou na internet, sobre os problemas energéticos, matriz energética, problemas ambientais relativos a matriz energética, etc. Há uma semana atrás assisti a um programa, não sei se era ao vivo ou se era gravado, que entrevistava duas autoridades: uma relacionada ao governo outra estava ligada à indústria nuclear. Não vou citar nomes, pois de agora em diante vou assumir uma postura mais positiva e evitar críticas, dirigindo minha retórica para apresentar informações mais detalhadas ao público, e possíveis soluções para os problemas, tanto de energia como de sustentabilidade em geral.

O que me chamou a atenção nesta entrevista foi: A absoluta concordância entre as autoridades. E também, chamou a atenção, a forma como desdenharam a Energia Solar colocando os mesmos argumentos de sempre. Primeiro disseram que a Energia Solar Fotovoltaica é muito cara ainda. Segundo, que a Energia Solar Fotovoltaica emite gás carbônico em seu processo de criação. Terceiro, que a Energia Solar Fotovoltaica é intermitente e suas usinas não operam à noite ou quando não há sol. Quarto, que a Energia Solar Fotovoltaica possui patentes e as usinas teriam de comprar os painéis de empresas estrangeiras.

Vamos ver item por item, mas primeiro quero dizer que eles evitaram falar sobre o uso de Energia Solar para outros fins que não são o de gerar eletricidade, simplesmente porque os outros usos não competem com suas usinas nucleares. Mas porquê eu usei negrito na palavra Fotovoltaica? É simples: Quis chamar a atenção desta palavra que eles não a usaram diretamente, mas era disso que estavam falando. O que eles não dizem é que existem outras formas de usar Energia Solar para gerar eletricidade que não usam painéis Fotovoltaicos, o que explicarei a seguir.

Existem várias formas de transformar a Energia Solar em eletricidade. A mais conhecida é a que utiliza painéis fotovoltaicos, e transforma diretamente a luz em eletricidade, usando materiais semicondutores. Esses materiais são produzidos da mesma forma que se produz os chips de computadores.
Vou expor aqui algumas dessas outras formas e explicar o seu funcionamento:

- Torre Solar Térmica.
- Torre Solar de Convecção.
- Refletores parabólicos com sistema Stirling.
- Painéis Semiparabólicos com tubo de vácuo.

A Torre Solar Térmica funciona com uma matriz de espelhos planos que acompanham o movimento do sol e refletem a luz solar para uma torre onde se encontra um sistema de serpentinas de água. A água passa pela torre e absorve o calor. A água em ebulição é direcionada para uma turbina à vapor, que por sua vez move um grande gerador elétrico produzindo eletricidade.

Clique aqui para ver Torre Térmica (esta torre usa sal derretido que funciona como uma grande bateria - o reservatório de sal permanece quente e produz eletricidade à noite).

Já a Torre Solar de Convecção é composta de uma imensa torre e uma grande área coberta com plástico. Atuando como uma grande estufa, a área com plástico aquece o ar que sobe indo em direção a base da torre onde se encontram aerogeradores que produzem eletricidade. A diferença de temperatura entre o ar aquecido na base da torre e o ar no topo da torre provocam um rápido movimento do ar (convecção) em direção ao topo da torre.

Clique aqui para ver a Torre de Convecção

Os Refletores Parabólicos são como grandes antenas de satélite que acompanham o movimento do sol. Eles são espelhados e concentram a luz no foco da parábola, onde existe um gerador Stirling. O gerador Stirling produz eletricidade através do aquecimento de um gás. As usinas que usam este processo possuem uma matriz com grande número de refletores parabólicos.

Clique aqui para ver o Sistema Stirling

Os Painéis Semiparabólicos são como canaletas que refletem a luz por um tubo que passa em seu centro. Este tubo é composto por um cano metálico preto onde passa água, e que fica no centro de um outro tubo de vidro. Entre o tubo de metal e o tubo de vidro existe vácuo. O vácuo faz com que haja pouca ou nenhuma perda de calor por convecção, fazendo com que a água ferva e produza vapor, que por sua vez moverá uma turbina.

Clique aqui para ver os painéis

Com estas explicações é fácil de entender porque a discussão fica muito pobre quando apenas se discute o processo fotovoltaico. Na nossa interpretação, ou as autoridades realmente não conhecem o assunto ou estão omitindo deliberadamente.

Vamos continuar, então, com nossa argumentação em defesa da Energia Solar:

O primeiro argumento se refere ao fato de a Energia Solar ser muito cara. Eu contesto este argumento perguntando se estão falando somente de painéis fotovoltaicos. Será que já fizeram as contas envolvendo as outras formas de gerar eletricidade com Energia Solar?

O segundo argumento diz que a Energia Solar produz emissão de gás carbônico em sua confecção. Na verdade estão falando das placas de dispositivos semicondutores dos painéis fotovoltaicos. Este processo usa fornos de alta temperatura para dopar os materiais semicondutores com elementos eletronegativos ou eletropositivos. Citar isso como argumento é vergonhoso, pois este procedimento só acontece no momento de sua fabricação e não acontece mais durante seus dez ou vinte anos de uso, além disso pode-se usar fornos elétricos cuja eletricidade poderia vir de fontes não poluentes. De qualquer forma este argumento, novamente, está se referindo ao sistema fotovoltaico e não expande o tema da discussão.

O terceiro argumento fala da intermitência da Energia Solar, ou seja, uma usina solar não funcionaria à noite ou em dias de chuva. Existem várias soluções para esse problema. No caso do Brasil que possui muitas hidrelétricas, as usinas solares poderiam ser acopladas a elas. Com a usina solar funcionando durante o dia, a hidrelétrica diminuiria a sua produção poupando a água do seu reservatório para que sobre mais água nos períodos de seca, e durante a noite a hidrelétrica funcionaria com todo o seu rendimento. Assim, poderíamos evitar o perigo da baixa dos reservatórios nas épocas de seca como aconteceu no apagão de 2001. Outra forma de resolver o problema da intermitência é a usina solar usar uma parte de sua eletricidade para produzir hidrogênio. O hidrogênio seria usado em uma turbina durante a noite, fazendo com que a usina funcione durante as 24 horas do dia.

Este sujeito faz hidrogênio solar no quintal de sua casa: Clique aqui 

A união entre eletricidade de origem solar e produção de hidrogênio é uma solução que pode ser usada até para a frota de automóveis, pois a queima do hidrogênio produz vapor de água, ou seja, “zero carbono”.

O quarto e último argumento diz que os materiais das usinas solares precisam ser importados ou as empresas brasileiras se quisessem produzir esses materiais precisariam pagar patentes. Novamente se fala da indústria de semicondutores, e omite as outras formas que citei. Mas e as turbinas e os geradores das hidrelétricas, também não são importados? E as outras formas de gerar eletricidade solar? Será que é preciso pagar patente para usar espelhos? Qualquer modificação em um detalhe de uma dessas torres que descrevi criaria uma nova patente, basta investir em pesquisa e teríamos nossas próprias patentes.

Mas vamos esquecer esses argumentos e vamos supor, então, que todas as formas de Energia Solar sejam caras e que a energia nuclear seja mais barata. Mesmo assim, um único acidente em uma usina nuclear pode mudar tudo. O problema é que nós, o povo, pagaremos com os nossos impostos as indenizações pelas mortes e doenças, e pelos imóveis que perderão o valor. Porque essas empresas que ficam com o lucro da venda da energia nuclear não ficam com a responsabilidade das indenizações? Se as empresas de energia nuclear tivessem que fazer seguro para acidentes (imagine o tamanho do seguro), será que o valor da energia nuclear seria o mesmo? Quanto vale uma vida? Quanto vale a sua saúde?

Mas vamos continuar supondo que todas as formas de Energia Solar tenham um custo de produção maior que o custo de venda. Mesmo nesse caso valeria a pena o governo subsidiar a Energia Solar, pois as regiões que possuem sol o ano inteiro são as mesmas que são afetadas pela seca e possuem alto índice de pobreza. A região do agreste nordestino, seria muito beneficiada com novos empregos, comércio e renda. E isto já está acontecendo: A cidade cearense de Tauá possui uma usina solar em funcionamento baseada no sistema fotovoltaico. Esta usina já mudou o perfil da cidade, ativou o comércio, e duas fábricas já se mudaram para lá. Leia as reportagens:


http://blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambiental/tag/usina-solar-de-taua/

http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=335474&modulo=968
   
Os vídeos que postei aqui falam por si mesmos! Já existem as tecnologias necessárias e muitas empresas e países já estão investindo em Energia Solar. Ao assistir os vídeos acima, eu pergunto o que faz uma pessoa ir à televisão para defender usinas nucleares?

Se o Brasil não aderir a Era Solar não será por falta de tecnologia, não será por falta de dinheiro, talvez seja apenas por falta de amor à natureza e aos seres vivos, incluindo aí o ser humano.

Walder Antonio Teixeira
O Homem Solar

segunda-feira, 19 de março de 2012