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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

De Unha Encravada à Espinhela Caída: Pré-Sal a Solução para todos os Males.

De Unha Encravada à Espinhela Caída: Pré-Sal a Solução para todos os Males.

Combustível Fóssil é Energia do Passado
Os defensores da energia suja e não renovável adotaram agora a estratégia de demonizar os seus oponentes com a defesa dos royalties do petróleo. Quando o governo decidiu que 10% dos royalties do petróleo do pré-sal iriam para a Educação e a Saúde, provavelmente já estaria prevendo essa ação grotesca.
A população, como sempre, refém da mídia, agora deve pensar da seguinte forma:
- O petróleo polui, mas está ajudando nossas crianças. Cria problemas climáticos, mas ajuda nossos hospitais.
E quem for contra os combustíveis fósseis terá problemas. Poderá ser acusado de ser contra a melhoria da Educação e da Saúde.
Essa estratégia de positivar uma pequena fração do que é negativo e usar isso como justificativa é algo simplesmente monstruoso. Mas onde está a monstruosidade nesse processo midiático?
Primeiro, se não tivéssemos o pré-sal, então não haveria verbas para a Educação e a Saúde? A Educação e a Saúde são deveres do Estado e não devem depender de algo que ainda não se sabe se dará lucro. Deve-se investir tudo o que o Estado puder nessas áreas independentemente de quanto o governo arrecadar.
Segundo, nós estamos justificando o genocídio de milhares ou milhões de pessoas por um pouco de verba para ministérios. O caos climático, com suas enchentes, secas, inundações, furacões, tornados, etc. irá matar e deixar muita gente desabrigada nos próximos anos. Se nós usássemos menos combustíveis fósseis, poderíamos amenizar a situação dessas pessoas.
Terceiro, usamos verba dos royalties para atender enfermos em hospitais, mas quantos desses enfermos estão doentes devido à poluição das grandes cidades causadas por combustíveis fósseis? O pré-sal pode levar verba para hospitais, mas também vai fabricar muitos pacientes para eles.
Quarto, com apenas dois ou três acidentes como aquele que aconteceu no Golfo do México, acontecer, a vida no Atlântico Sul será totalmente afetada. Mortandade de peixes, aves marinhas, mamíferos marinhos, etc. Até agora o Atlântico Sul era considerado um santuário de preservação para várias espécies.
Quinto, a educação no Brasil não é somente um problema de verbas, existem outros a serem resolvidos. A educação é uma área que conheço bem: Com mais verbas para a educação o governo vai acabar comprando um tablet ou smartfone para cada aluno, equipar todas as escolas com rede de tv interna, etc. e os professores continuarão a ganhar a mesma porcaria de salário, os alunos continuarão 40 ou mais em uma mesma sala de aula, pois para diminuir os alunos por sala precisa-se contratar mais professores e a lei de responsabilidade fiscal não deixa (chamo de lei de terceirização). Já vi reportagens sobre educação em países nórdicos e eles não precisam ter um computador por aluno para terem uma boa educação. Seu segredo é um bom salário para o professor e poucos alunos por turma. Uma receita simples.
Sexto, os mesmos royalties cobrados do petróleo podem ser cobrados da Energia Solar, da Energia hidrelétrica, etc. Não há motivo para não ter sido feito antes do pré-sal e nem há motivos para não fazer agora.
Por fim, quem quiser pode me acusar de ser contra a Educação ou a Saúde, pois é uma mentira. Sou contra os combustíveis fósseis! Sou contra o pré-sal e eu jamais irei chamar de "riqueza" aquilo que provoca o descontrole climático, o aquecimento global, a poluição ambiental e a contaminação do meio ambiente.


  

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Petrobrás Polui os Mares

A Polícia Federal acusa a Petrobrás de poluir o mar com a chamada "água negra" vejam as reportagens:

Revista Época
http://revistaepoca.globo.com/Brasil/noticia/2012/09/policia-federal-acusa-petrobras-de-poluir-o-oceano.html

UOL Notícias
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2012/09/10/policia-federal-acusa-petrobras-de-crimes-ambientais.htm

VEJA
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pf-acusa-petrobras-de-poluir-oceano-com-residuos-toxicos

Diário de Pernambuco
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2012/09/10/internas_economia,395683/pf-acusa-petrobras-de-despejar-residuos-toxicos-em-alto-mar.shtml

Correio da Bahia
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/policia-federal-acusa-petrobras-de-despejar-residuos-toxicos-no-oceano/

Não podemos deixar de divulgar, a Petrobrás faz propaganda de biocombustíveis, passando ao público a idéia de que é uma empresa politicamente correta. Se o público não ficar de olho, ela será apenas mais uma entre as grandes empresas de petróleo do mundo, que são as principais responsáveis pelo aquecimento global.
A Maldição do Petróleo:
Conhecida como a "maldição do petróleo", as dificuldades e desfechos que afetaram a maioria os países onde o "ouro" negro foi descoberto, são problemas que acompanham o desenvolvimento deste tipo de extração mineral. A maioria dos países exportadores de petróleo, pelo menos os vinte maiores, são ditaduras (16). Alguns são ditaduras monárquicas como Emirados Árabes e Arábia Saudita, outros como Gabão, Nigéria,  Congo e Angola possuem os menores índices de desenvolvimento humano. 
Onde as grandes corporações do petróleo chegam, instituem um governo paralelo, controlando os políticos através de corrupção. O povo nunca vê os resultados dessa riqueza, pelo contrário a pobreza aumenta.
Dizem que isto não vai acontecer com o Brasil pois somos um país democrático. Assim espero, mas assim como a mancha negra de poluição se espalha pelo mar, e os problemas respiratórios aumentam nas grandes cidades, a mancha negra da corrupção, também se espalha, "sujeira atrai sujeira".          

Esqueçam o pré sal, vamos construir o Pré Sol, energia Solar para produção de hidrogênio para substituir a gasolina e o óleo diesel na frota de automóveis e caminhões e criar empregos na região do semi-árido brasileiro.


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pré Sal: A Nova Califórnia


Pré Sal: A Nova Califórnia

“A Nova Califórnia” é um conto de Lima Barreto, em que uma pequena cidade chamada Tubiacanga passa por uma verdadeira convulsão social. No conto, um alquimista chamado Flamel chega, e demonstra para três pessoas importantes da cidade um experimento onde transforma osso em ouro. Os três começam a roubar túmulos no cemitério da cidade. Com o tempo as pessoas descobrem que o alquimista criou um método de transformar ossos em ouro. Sem mesmo ter certeza da veracidade da descoberta a população de Tubiacanga se precipita no cemitério da cidade para roubar os ossos dos mortos, e como não bastasse os ossos dos mortos, ocorrem alguns assassinatos para conseguir mais ossos. O único que não se envolve na loucura da febre do ouro é um bêbado, que parece ser a pessoa mais sóbria da história. O conto termina com o cemitério da cidade todo revirado, algumas mortes, o alquimista desaparecido e sem nenhum osso virar ouro.
A rede Globo fez uma novela chamada “Fera Ferida”, onde usa alguns elementos do conto de Lima Barreto. A novela fez muito sucesso e usou parte do roteiro de “A Nova Califórnia” onde um alquimista descobre como transformar osso em ouro.
Mas o que isto tem a ver com o nosso pré-sal?
Não, não é a característica de ser uma descoberta inviável, o petróleo existe e pode ser extraído. O que me fez lembrar deste conto é a ganância dos governadores e deputados disputando os royalties de algo que ainda não se sabe quanto vai render. Desesperados cada um corre atrás de seu osso.
O caso do pré-sal brasileiro deve ser encarado de uma forma real, sem o sonho de que ele resolverá todos os nossos problemas. Existem muitos “SE” relacionados ao pré-sal, e também analisando pelo lado econômico, existe uma janela de oportunidade para ele.
O petróleo do pré-sal é um petróleo caro! Sua extração exige investimentos altíssimos! O retorno desse investimento será a longo prazo (décadas talvez)!
É preciso perguntar:
- Já existe tecnologia para extrair a parte do pré-sal que está a sete mil metros?
- Já existe tecnologia para fechar os poços em caso de acidentes nesta profundidade?
- Qual o custo dos acidentes em termos ambientais? Para a pesca? Para as praias (turismo)? Para a vida marinha?
- O custo dos possíveis acidentes e suas medidas de reparo foram contabilizados quando se afirma que irão precisar de US$ 600 bilhões de investimentos?
- As empresas de petróleo irão ressarcir, em caso de acidentes, os pescadores, as empresas de turismo, além de retirar todo óleo do mar e fechar os vazamentos?
Mesmo que essas perguntas sejam respondidas de uma maneira positiva, o que duvidamos, sobram problemas e perguntas ainda mais intrigantes:
A janela de oportunidade está entre um petróleo mais caro e o momento em que as grandes economias do mundo optarem por outro modelo de matriz energética, uma matriz limpa e sustentável. O que isso quer dizer?
Em uma nova matriz energética (de carbono zero) que privilegie o hidrogênio, o biodiesel e o etanol, seja feito algas, celulose ou cana-de-açúcar, para a frota de veículos, o petróleo terá a partir deste momento uma demanda menor, o que baixará os seus preços. Este fato dará uma sobrevida as reservas que tem um baixo custo de extração (Oriente Médio), tornando inviável o retorno do investimento no pré-sal. Alguns Afirmam: Mas isto será muito difícil de acontecer! As empresas de petróleo não deixarão! Muitas dessas empresas já estão investindo em energias alternativas, e se em algum momento, fazer biodiesel de algas e abastecer carros com hidrogênio feito com eletricidade de origem solar ficar mais barato, elas mesmas poderão optar por este caminho. O hidrogênio pode ser feito em qualquer lugar que houver eletricidade, e ele pode usar o mesmo esquema de distribuição da gasolina, fazendo com que as grandes empresas não percam o patrimônio em postos de distribuição.
Para isto acontecer, basta o governo americano decidir subsidiar as energias alternativas, o que politicamente é muito interessante para eles, pois poderão ter uma maior independência em relação as fontes energéticas externas. Esta é uma simples decisão que pode derrubar o castelo de ilusões criado pelos tecnocratas do nosso governo.
Somando-se a esse risco restam as perguntas que ninguém faz mas deviam fazer:
- Quem irá pagar pelos 600 bilhões?
- Continuaremos com uma gasolina cara para subsidiar a construção de novas plataformas de extração?
- Se nós pagamos gasolina cara para subsidiar construção de plataformas porquê nós não ficamos com o lucro?
- E as alterações climáticas provocadas pelo CO2? Quem paga?
- As indústrias do petróleo não deveriam pagar pelas enchentes, secas, ilhas e países desaparecendo?
- Os custos do investimento não deveriam prever custos de seguro em caso de tragédias provocadas pelo aquecimento global, como tornados, furacões?
- As petrolíferas não deveriam pagar pelas casas e pelos entes queridos que as pessoas perderem?
- Porquê nós, o povo, temos que pagar com nossos impostos pelas tragédias das alterações climáticas, enquanto as empresas petrolíferas que são as responsáveis pelo aumento do CO2 e pelas alterações climáticas ficam apenas com o lucro?
Finalizando:
E SE,

- E se 600 bilhões fossem investidos em energias limpas e renováveis?
- E se uma parte deste valor fosse investido em educação?
- E se usarmos a plataforma continental para produzir pescado, algas para biodiesel e etanol?
- E se deixarmos o pré-sal quieto?
Eu não quero pagar 600 bilhões para sujar o ar, sujar os mares, destruir a vida marinha e dar lucro a empresários. Quanto aos royalties, se os políticos que até hoje não fizeram nada pela Saúde, pela Educação e pelo saneamento básico, porquê passariam a fazer com mais esta verba? Esse osso talvez vire ouro apenas para eles.

Walder Antonio Teixeira