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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Finalmente: Quem produz Eletricidade terá desconto


A Resolução Normativa nº 482 de 17 de abril de 2012 da ANEEL, coloca as normas para empresas e residências, que produzirem eletricidade alternativa, seja mini-hidrelétricas, placas solares ou geradores eólicos, possam receber desconto em suas contas de eletricidade por ligar sua produção na rede. É um grande passo considerando o atraso do Brasil nesta área, mas esta resolução apresenta alguns problemas:
O primeiro problema é que é uma forma de subsidio bastante lenta, pois levará muito tempo para se pagar o investimento.
O  segundo problema é que a segurança e instalação de equipamentos internos são caros: inversores, etc.
O terceiro problema é que o custo de outro relógio que marca o quanto a residência ou empresa produziu é por conta do próprio usuário.
O quarto problema é que se a empresa ou a residência produzir mais do que gasta, ela não receberá pelo excedente.
Este último é a meu ver um verdadeiro roubo! Imagine milhares de empresas e residências produzindo eletricidade. Eles terão desconto sim, mas se a empresa quiser zerar seu gasto terá de investir e produzir um pouco além de seu consumo. Então, a distribuidora poderá contar com um excedente, que somado a outros milhares de pequenos produtores criará uma quantia de eletricidade que poderá ser comercializada pela distribuidora. Assim, como sempre, as grandes empresas aumentam seu lucro sem precisar fazer investimentos.
Há duas maneiras de usar em residências os geradores eólicos e as placas solares: Um é ligando na rede externa como está sendo proposto pela instrução normativa da ANEEL, e outro é tendo duas redes em casa. Uma rede alternativa ligada a aparelhos específicos como geladeiras e televisores cuja origem é solar ou eólica e a outra seria externa da distribuidora ligada ao sistema de iluminação (principalmente). As duas opções precisam de investimentos: como circuitos inversores, etc., e as duas no final diminuem a sua conta. 
A opção dada pela ANEEL é mais interessante pois o usuário não precisará comprar baterias. Além disso, se o usuário optar por uma rede interna, haverá momentos em que sua rede interna não será usada, as placas solares continuariam produzindo e as baterias já estariam totalmente carregadas. Neste caso o excedente poderia ir para a iluminação, mas como a iluminação estaria na rede externa, este excedente de energia não seria usado.
Concluindo: Nas duas opções sua conta vai diminuir, mas no esquema da Instrução Normativa 482, ela seria ligeiramente menor. O custo do novo "Relógio" não deve ser levado em conta, pois em uma outra opção (rede interna isolada) o usuário teria de comprar baterias no lugar do medidor de produção.
Esperamos que um novo passo seja dado, ou com o pagamento do excedente, ou com o subsídio ou crédito no momento da compra de placas solares e geradores eólicos.
Walder Antonio Teixeira   

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